terça-feira, 19 de maio de 2009

¡Topete "injustus"!

Existem pessoas que são realmente surpreendentes. O empresário, apresentador, cantor, marido da filha da Garota de Ipanema e pseudopublicitário (¡ufa!) Roberto Justos é uma delas. Depois do lançamento do cd "Só entre nós", em que canta diversos sucessos internacionais, pensava que o repertório de talentos do temido chefe da sala de reunioes da série O Aprendiz já havia sido exibido por completo. ¡Ledo engano!

No dia 17 de maio, os principais jornais e revistas do Brasil publicaram um anúncio exaltando as características pessoais e profissionais do nosso Donald Trump brazuca. A propaganda elogia os méritos de Justus e divulga o resultado de três pesquisas que, se apenas bater o olho sem analisar muito bem, praticamente o coloca como uma das maiores personalidades da história contemporânea. ¿Ronaldo? ¿Lula? ¿Brad Pitt? Esquece! Nenhum deles é páreo para Roberto Justus, segundo jovens de 15 a 19 anos entrevistados pela pesquisa Ibope/Troiano 2009. Se eliminar os esportitas, somente Barack Obama pode com ele e, mesmo assim, dentro da margem de erro. Se Obama disse que o Lula era "o cara", ¿o que diria a Justus ao tomar conhecimento desse estudo?

Veja o referido anúncio e as pesquisas (volto já):


Bem disse o Rafinha Bastos, do CQC, alguns dias atrás no seu Twitter: "Estudo comprova: 96% dos estudos nao servem pra porra nenhuma!"

No entanto, o mais absurdo e o que mais surpreendeu nao foi o resultado das pesquisas, afinal sabemos que atualmente os jovens de 15 a 19 anos são cerebralmente mais lesados que uma minhoca depois de um pisão na cabeça - e antes que os mainardianos (seguidores do Diogo Mainardi) se manifestem, isso não é exclusividade do Brasil.

O mais anormal desse anúncio é que o narcisismo de Roberto Justus começa a prejudicar a credibilidade de suas próprias empresas do Grupo Newcomm. Neste caso, uma das principais agências de publicidade brasileira, a Young & Rubicam, que criou a peça e assina a propaganda. O fato parece que passou batido pelos comentaristas dos sites e jornais voltados ao mercado publicitário, mas não há dúvidas que gastar dinheiro em anúncios como esse, de páginas inteiras nos espaços mais caros da mídia impressa nacional, soa ridículo. Alguém pode argumentar: "ah, mas é um anúncio institucional. Todas as agências fazem isso". Verdade, mas isso não é um anúncio institucional da Y&R nem no Brasil, nem na Espanha e nem na China; só mesmo na Justuslândia.

Somado a tudo isso, encerro com a frase da amiga que informou e sugeriu a pauta para este blog. Como ótima assessora de imprensa que é, atentou para mais uma gafe: "¿Será que O Cara não tem um assessor que dissesse o quanto é ridículo este anúncio?"

O narcisismo de Roberto Justus é desse tamanho aqui ó...

4 comentários:

  1. Concordo plenamente com tudo o que vc escreveu, e completo: o anúncio não é institucional, é pessoal. Sua finalidade única e exclusiva é incensar a vaidade de Roberto Justus e não registrar as conquistas de sua agência.

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  2. Alguém já viu um EGO deste tamanho??
    For God sake!
    Aff...

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  3. O justus sabe que é um publicitário fraquissimo e por isso sempre usou as pessoas para crescer. No inicio dos anos 90, sua agencia era a Justus & Fisher. Foi o Eduardo Fisher, seu socio na epoca, que viajou o Brasil "de bar em bar, de mesa em mesa" para criar a historica campanha da Brahma a Nº 1. Quem ganhou os meritos da negociação?? O topete, q deixou a agencia para abrir a Young & Justus. Depois disso, comecou a namorar famosas, aparecer na midia pra virar famoso. Agora, uma pergunta: todos publicitarios odeiam o Jusutus, o Nizam e o Olivetto. Mas todos queriam ser eles...pq sera?

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  4. obrigado aos meus solitários e solidários, porém ótimos, três comentaristas (será que mais alguém lê o que escrevo aqui?)... Respondendo sua pergunta, Thiago. O Olivetto e o Nizan até têm suas "peleas" no mercado, o que num mundo de vaidades como o dos publicitários nao deixa de ser normal. Mas até seus detratores os admiram pelo induscutível talento criativo. O Justus é, inegavelmente, uma raposa (no bom sentido do termo) nas questoes empresariais. Justamente por isso, poderia se concentrar no que é realmente bom ou, pelo menos, preservar a imagem e credibilidade de suas agencias. Particularmente, nao vejo outro motivo pra querer ser ele que nao seja pela "colméia" de mulher boa que esse cara já pegou.. valeu.. abs

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