quinta-feira, 14 de maio de 2009

¡Vergonha alheia!

'Playboys' e patricinhas da classe AAA já têm um Orkut pra chamar de seu

A identificação publicitária classifica o grupo de "nicho premium de mercado", "classe AAA". Para os de fora, são os endinheirados, "playboys", "patricinhas", janotas e, como se dizia antigamente, grã-finos.

Neste pequeno mundo, a internet pode ser um problema: se dá para tolerar e até rir dos novos ricos, os falsos-ricos das redes de relacionamento podem ser um tormento. Podiam, na verdade, porque agora há um endereço vip na web para se relacionar exclusivamente com quem tem e gasta muito dinheiro.(www.elysiants.com)

A lista inicial foi montada por uma promoter de festas de ricos e famosos, a mesma que escolhia quem entrava e quem era barrado na boate Pink Elephant para a festa de inauguração da versão brasileira do site, na noite de terça para quarta-feira (13). A partir daí, só embarca na página glamorosa quem for convidado. E cada integrante só pode chamar mais cinco para a turma.

Ruud Smeets, com passagem pela sede europeia do Google, é o executivo do site Elysiants, nome em referência ao Elísio, a morada dos heróis e pessoas virtuosas após a morte na cultura greco-romana.

A festa de lançamento cobriu de areia a pista de dança, plantou coqueiros, vestiu as garçonetes com sarongue e encheu de sereias os telões para reproduzir um clima praieiro na boate-franquia-internacional. As celebridades, contudo, vieram em conta-gotas: o ex-nadador boêmio Fernando Scherer, as socialites Ana Paula Junqueira e Marcela Tranchesi (filha da dona da Daslu) e Camila Camargo, irmã da cantora pop.

O ambiente rococó encontrava sua síntese no fone de ouvido cravejado de pedras da DJ residente. Ao som do tema de "Super-Homem", o desfile de garrafas de champanhe com canhão de faísca virava o centro das atenções quando um habitué pedia um exemplar borbulhante por R$ 2.800 e virava sócio Premium do site, com seus nomes estampados nos telões.

"Sei que há um problema social no Brasil, mas nem eu nem você vamos resolver isso. Os pobres podem formar suas redes de relacionamento para lutar por seus direitos", argumenta Smeets. (Fonte: Uol)


Algumas consideraçoes sobre esse lamentável fato:

1- Como a Polícia e a Receita Federal nao pensaram nisso antes? Agora é só os agentes entrarem no infeliz site para saber os sobrenomes dos maiores sonegadores de impostos do Brasil. Tá aí a princesinha da Daslu pra confirmar!

2-Tá na cara de o por que esse holandes imbecil (criador do site em questao) nao ficou muito tempo no Google.

3-Na boa, rococó é demais. Nem um estudante no início de um curso técnico de decoraçao ou moda tem a pachorra de usar ou vestir alguma coisa rococó. Mais brega que o próprio nome desse estilo, só mesmo uma pessoa considerá-lo cool três séculos depois do seu apogeu.

4-Desculpe. Tem, sim, coisa pior que ainda ser rococó no século 21. Nao consigo visualizar nenhuma cena tao constrangedora quanto pagar R$ 2.800 por um "exemplar borbulhante" e ser o centro das atençoes ao som da trilha sonora de Super-Homem.

5-Se você faz parte desse site ou deseja fazer, meus pêsames.

E, por fim, deixo a palavra com Cazuza: "a burguesia fede... enquanto houver burguesia, nao vai haver poesia".

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